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03-10-2011

lu

Lu e escrevo o teu nome. Pego-te na mão e olho-te nos olhos. Como-te o pescoço, desamacio-te a péle. E suamos. Dás uma volta sobre ti e eu sobre mim penso. Deixa-me ter-te para sempre esse teu corpo e as coisas que dizes. Deixa que amanheça e fiquemos os dois só assim. És rua que nasce em poente, ora com trânsito parado, ora deserta e sem gente. És estação de comboio em final de tarde de sexta-feira de Inverno. És os quadros que ainda não pintaste. Mas és luz. És a luz. Cia, e escrevo o teu fim.

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