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26-10-2010

dormirnãodormir

e hoje não consigo dormir.
por que senn ti.
então escrevo.
ou não escrevo.
ou escrevo só que não escrevo.
e não consigo dormir.

rouco

rouquidão. rouquidão nas ideias é aquilo que sinto. e minto que sinto rouquidão até nas palavras que digo e nas que não digo ou que penso dizer mas mais tarde. rouquidão que me arde a garganta e levanta a cabeça e caminha até mim outra vez. desta vez com mais força e solta-me os braços que eu estou aos teus pés. tu não vês. o mar é o medo que eu tenho. e rouquidão. e uma grande certeza daquilo que fomos e que me arde a garganta e a cabeça e todo o meu interior deste corpo que eu guardo e só ardo para ti.

canção #1

encontrei na minha rua.
uma luz igual à tua.

se ao andar, eu não cair.
se ao cair, eu encontrar.

outra vez teu corpo em mim.
a tua voz ouvir cantar.

se és pequena, eu sou maior.
se a tua mão me leva atrás.

e o teu abraço eu só sentir
quando caír; eu caio outra vez

em ti.

luzes

luzes.
e reluzes na escuridão desta estrada.
na viagem contigo sentada a meu lado.
à margem da vida normal das semanas.
das vidas a meias. a meias de vidros partidos.
e na solidão das palavras trocadas.
ao longe. daqui para aí.
e olho-me feio. e bonito que foi.
e será.

se na palavra mais certa encontro um abraço.
escondido. encontrado. escondido.
atrás dos abraços mais fortes que dei.
e que dou.
e tu estás junto a mim. junto a ti.
junto aqui, deixo tudo o que resta das minhas esperanças.
na vida e no sonho. imperfeito. mas belo de ti.

isto é tudo o que sinto para sempre.
por ti.

qse

e quando já só se escreve porque se acorda de manhã.
ou porque o dia não deixa. ou porque não se consegue.
dormir de noite. ou porque a noite não chama o teu corpo.
e o meu corpo. e os dois. ou só um. e eu quero.

21-10-2010

o dia.

é nos meus braços que traço as ideias que tenho de nós. sinto-nos pesados, mas leves ao irmos um dia onde nunca pensámos chegarmos a ser sempre aquilo que o sonho nos disse para ser. e leves o que leves, eu levo-me a mim e a ti, no meu carro. e num traço de braço, desenharei nossos corpos e os corpos que somos e os traços que fomos e as ideias que temos para nós e para sempre teremos ao sermos nesse dia talvez qualquer coisa, qualquer, uma mulher e um homem e um braço e dois traços e o sonho outra vez. se eu não pensasse e falasse mais alto que as palavras que escrevo, seria melhor.

04-10-2010

a volta da chuva aos dias.

se atravesso a estrada, não me sentarei à varanda como sempre. se os dias já deixam de ter sol, serão todos os dias os domingos que imaginei sempre eternos. se a música me aparece à frente dos olhos, e a chuva lá fora, eu nada farei para que ela deixe de tocar. e se a pele se me arrepia com a luz, eu fecho os olhos. e sim, vou para outro lugar.

os dias da chuva que volta.

luta na flor e na mão interior e do medo que tenho guardado cá dentro que a flor que me come outra vez as esperanças na vida e na morte e na sorte encontrei mas que sei não cuidar ao pensar que outra vez já falhei e que sei que ao falhar eu não soube guardar para sempre a canção que era nossa que é deles que é nossa outra vez desta vez tu não vês que eu não vejo e agora a não ser o que é feio e que veio de vez p'ra me encher a cabeça e começa outra vez a questão. digo não.