30-09-2009
ar da madrugada
aguardo por uma madrugada.
daquelas em que eu falo. em que falamos. e nos ouvimos.
uma madrugada em que pensamos dizer o que quisermos
e dizemos o que sentimos sem pensar.
uma madrugada feita de lutas
das ideias e das forças da mudança.
afundada em sonhos e presa na liberdade interior dos corpos.
uma madrugada de notícia agradável
e cheia de ar com cheiro de chuva.
uma noite-quase-dia que ainda não acordou para o mundo.
uma manhã em tom de breu a respirar fulgor de uma nova mulher.
uma madrugada em que o corpo deitado na cama,
volta a ser o corpo que não chegou a sair.
aguardo por uma madrugada que me faça levantar.
hoje ainda.
00:41 | Permalink | Comentários (0)
The comments are closed.