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01-11-2007

a lentejo

Sei que em mim trago o tormento
Destas terras e deste lamento
As estradas são passos em falso
E o céu é um simples percalço
Aqui ando para trás com as feridas
Como as vozes cansadas de histórias sofridas
Cai a noite e não fecho estas portas
Ao passo que as árvores nascem já tortas

O mundo dá voltas e voltas
Mas alem estará sempre o Tejo
Campo em frente é tudo o que vejo
Ou a pele enrugada do sol
E a gente, outra vez tão presente
Num eterno e permanente acordar
Sem razão. De onde são?
São de além. Trás do rio. São alguém

Quando me lembro daqui
Vem-me à memória o caminho
Que ao fim da tarde e de mansinho
Vai alterando este céu, que aqui é só meu
Na planície dourada, outrora queimada
Ou verde mais forte de Inverno
És chuva e és sol mas também és frio forte
A minha sorte é voltar sempre a casa

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