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01-11-2007

ou este

Vai, vai. Vai!
Entra na noite em nevoeiro cerrado
Não encerra ela por si uma só forte certeza
Mas acalma essa tua dor e a não ser na tristeza
Certo é que ali se esconde uma peste no Sul

Vai, vai. Vai!
Vê-te aqui e põe-te a pensar
Em noites frias de encerramentos alados
E de lados trocados em viagens vazias
Onde teces a razão
E o vazio se instala em janelas abertas

Vai, vai. Vai!
Não busques mais que a vontade de o ser
Num tão forte resquício de Setembro
O longo navio de talhas cinzentas
Como o céu desta cidade
E o vento de Este sopre todo a Sudeste
É para aqui que caminha

Foge. Foge!
Para longe do mar ou das gentes das serras
E dos ventos dos lados de lá
Ou os cantos das tocas
Dos pomares e dos olhos
É para lá que caminham
É acolá que se encontram
Onde há sempre uma luz

Vai!
Para as horas melhores dos dias que passam,
Que ficam, que vão
Por trás dessa encruzilhada,
Aí onde te encontras
Entre o incerto futuro a Norte
E a certeza encontrada no Leste

Vive!
Na certeza que aqui viverás
Sem um ponto ou um dedo que aponte
Com um ar respirável que seja
Mas que o mar te escapou pelas mãos
E que voltarás sempre a ir nessa direcção
És Oeste!

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