23-10-2007
fade out
Quisera escrever eu no escuro sem precisar de palavras escritas. Quisera eu que a luz fosse feita de escuro e que o duro tormento da inexpressão do confronto ao papel se apagasse com o interruptor para baixo. E que quem pensa e não escreve, escrevesse sem pensar duas vezes.
Ou que a cada madrugada saíssem só textos de fresco escritos a quente. E que o centro dos mundos fosse um conjunto total de muitas cabeças. E que no sonho de cada uma delas, comandássemos todos as ideias de todos.
Quem me dera que todos vivessem somente para todos, mas que ao acender de outra luz uma vela surgisse de dentro do escuro e voltássemos sempre a esse ponto perfeito de letras pensadas e escritas. Mas que no papel das ideias ficassem abaixo-assinadas por quem de direito.
E que ao soprar para a vela fosse tudo cumprido! Ainda que às escuras e ainda que o escuro não durasse nem cinco minutos que fossem sem luz…
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