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16-10-2007

oeste

Ali estava eu.
Vulgarmente deitado,
Encontrado no chão
Da luz só me lembro da cor
Era amarela e seca
Mas brilhante
Do som esqueci-me.
E a cruz eras tu

Caminhei por entre o nevoeiro
(tinha-se instalado sem querer sob a estrada)
E a areia molhada
Eu temi
Mas prolonguei a estada

E fui longe ao Oeste
Procurar-me na luz
Ou pedir-lhe que empreste
Ao passado urgente uma réstia de gente
Da sua. Ou a lua que vejo daqui
Invejo estas ruas
Encharcadas de luz
Não ouço lamentos
E aos ventos do Oeste
(que humidade produz)
Não parem.
Para sempre.

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