Ok

By continuing your visit to this site, you accept the use of cookies. These ensure the smooth running of our services. Learn more.

16-10-2007

e u

Sou um Ego sem ego
Só vácuo cá dentro
Uma mão em aberto
Tão cheia de nada
Sou eco em aberto
Ou um som que ecoa
Discreto num dia
De nuvens no céu
Sou as paredes vazias da casa
Sou uma asa arrancada
Sou o fardo nas costas da mulher cansada
Sinto enfado
Sou o papel que é rasgado
E o texto esquecido
Não lido nem escrito
Mesmo assim sou bonito
E o que sou ou não sou
Não é dito em versos alados
Cairia eu no erro de me descrever
Em palavras tão vãs
Como aquilo que penso de mim nesta hora
Muito embora admito:
Sou… Eu

The comments are closed.