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15-10-2007

carradas de coisas

Câmaras escuras furadas
Fotogramas acesos
Luzes apagadas
Nos vasos as flores
De jeito e a jeito poria
Não fosse o saber enquadrado
E o chão dessa estrada
Ou a construção desenfreada
Estilhaço de alma quebrada
Papel de parede colado a ilusões
E alusões às imagens passadas
Entrada pujante assente na lama
Chama vazia tão fria
As estrelas são negras
Como o carvão nesse cal
E a vontade é igual
O jantar está servido
E o líquido vertido
Na mesa dois pratos
E os copos com água
Os caixotes à parede encostados
Os papéis manuscritos descritos
Até ao mais ínfimo pormenor
E a dor é de agora em diante
A única certeza que temos
Viveremos. Avante!

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