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27-03-2006

corpo e tempo

No teu corpo encontro-me perdido em mim. No meu tempo perco-me encontrado em ti.

13-03-2006

incertamente II

É tão belo e incerto
também o momento
em que o vento me traz
o teu cheiro
E assim fico,
só crente a beber-te,
lamento
não poder ele durar
o dia inteiro.

incertamente I

E é incerta esta hora, mas já o sol entra por feixes na casa. Eu nem passo da porta do quarto. Mas tu, tu tens a beleza destes dias, em que se torna dificil a percepção das horas. O teu cabelo, côr do escuro, do toque dos olhos tão fundos como o largo da alma. O sorriso é pequeno rasgado e eu rasgo o papel sobre onde pintada se encontrava esta rua. O teu corpo é desenho perfeito e lua a carvão igual ao da casa. A estrela, essa é certa e a nuvem azul. A tarde é de sol em aberta, mas incerta permanece a hora. E tu...

acto falhado I

E eu, sem que queira,
arranjo maneira
de acordar para o dia
Logo esqueço, não quero!
Penso um pouco e escolho...
Vagueio em instantes
no tempo ignorado,
um momento,
Só por ora,
uma hora dormente
Só um dia,
uns dias, por nós.
Só o resto da vida,
Só nós para sempre

07-03-2006

secretamente

E este é o meu abrigo, o meu mais profundo esconderijo para a dor. E aqui o revelo, aqui os abro a muitos ventos, os lamentos, as palavras não ditas, segredadas em olhares.
Aqui sinto a força do que não digo, porém quero-te com tudo o que te disse em tempos. Quero-te e continuarei a dizer-te em segredo, ao ouvido enquanto dormes e não me sonhas. Quero-te mais e mais quero por não to dizer.
Mas o que mais quero em segredo, é a força, para que saibas que já não te quero.