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09-04-2006

aqui perto

É nos sonhos reais não sonhados, vividos, que alimento a amizade crescida em momentos, num ano, em vidas. É com as mãos da ténue fragilidade de espírito que te abraço os recantos da alma e te leio a mente em palavras caladas. É nos gestos tão rudes, mas meigos que afago o teu corpo na raiva do tencionar tencionar-te. É com os olhos da força da vontade que devoro esta cama e te deixo morder-me os dois ombros. É na sordidez tão limpa do branco que asseio o perfume dos corpos suados no cálido fresco. É no discurso tão surdo que continuo a falar e te ouço de perto. Mas é aqui, do lado de cá, que permaneço a escutar os teus passos inócuos, felizes ao fundo da rua, no quente… Lá longe. Aqui perto.

01-04-2006

monólogo

Se é de tempo que me falas, dou-te toda a razão. Sim, falta tempo... E o tempo que falta passa rápido de mais para que se dê por ele. E o tempo que falta é o que nos resta até quando? Também falta a tampa na garrafa que não pára de jorrar o liquido para fora. Não a deixes cair, por favor. Cuidado! Não aguentaria voltar a sorver o líquido, nem o húmido que fica na pele. Como era longa a história, fosse eu querer contá-la. Retiro o que disse e volto a beber. Se é de álcool que me falas...