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20-07-2011

ansie.

madrugada de julho. parece-me uma noite de inverno. visto o pijama e calço umas meias. enfio-me na cama. vejo um filme na cama. sinto-me febril. na cama, deitado. mas a cor é laranja. tenho medo. tenho medo de já não saber quem sou. sinto-me febril. corta-me a ponta do dedo, um bocadinho apenas. tenho medo de já não saber de quem sou. nunca soube. não sou de ninguém. gostava de saber de quem sou. anda cá cortar-me um bocadinho o pescoço e dar-me a mão. sabes de que material é feito este casaco cor de pele que tenho ali ao pé dos sacos? anda comigo cortar as ervas do quintal. mas só se saltares dois capítulos para chegares mais rápido ao fim da viagem. tenho medo de já não saber com quem vou. fico a dormir, não vá o corpo pedir mais um cigarro até ao início.

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