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27-05-2011

um dia inteiro

Um dia inteiro nesta casa não é coisa que se queira

a não ser na brincadeira

e suado e já cansado. deitado. e acordado

a dormir.

 

Um dia inteiro nesta casa não é coisa que se queira

a não ser de outra maneira.

e não assim amargurado. em solidão.

não. assim não.

 

Um dia inteiro nesta casa é coisa para sucumbir

e às vezes rir. ora a chorar. mas nem pensar

ou só pensar... e não sair.

 

Um inteiro dia inteiro nesta casa é inteiramente um desperdício

e um suplicio. ou uma oportunidade

para ficar, só mais um pouco,

nesta cidade.

m.ay

na manhã, de pressianas abertas ou semi-cerradas. ou noites de nadas. o teu corpo é esguio e eu sou eu. sem mais nada a não ser os meus olhos a olharem-te o corpo. não há comboios, mas há fumo. há uma mesa de café. e o teu corpo é esguio. os teus olhos rasgados e a minha mão na tua cara. não encontro, para lá de descrições perfeitamente óbvias, um sentido para aquilo que sinto. talvez seja o meu coração a bater mais forte. ou a tua força a puxar-me para baixo. mas eu sinto-me fraco. cansado e fortemente abalado pela violência das coisas que por vezes na vida acontecem às pessoas normais.