24-09-2010
um repto (de quem não os sabe dar, nem a si próprio)
deixa que os passaros te cantem
ou que a estrada te coma por inteiro,
ao comprido, estendida no chão.
deixa que a água te ilumine o caminho
e que saibas sempre os passos que não deves dar.
deixa a garganta a cantar duas vezes num dia,
só para ti, no teu quarto e na sala e na sala de estar.
deixa-me ir e levar desta casa o que trouxe
quando um dia cheguei cá sozinho, com nada
e com tudo cá dentro a chamar.
deixa-me só e nas minhas ideias e textos
que escrevo sem nexo, ou palavras perdidas
que encontro às vezes na rua e na estrada (e em ti)
ou nas casas que habito (na cama, como agora).
deixa-te. deixa-me e deixa-me estar.
deixa-nos ir.
é que já me habituei a deixar-me ficar só contigo.
e não sei se consigo deixar-me ficar
por aqui.
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01:27 | Permalink | Comentários (1)
Comentários
desinspirado?
sim pois, pois..
;)
Escrito por: silk | 24-09-2010
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