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22-06-2010

o ano em que a conheci

foi o ano em que a morte se esbarrou em mim. não comigo, mas em mim. não a minha, a dos outros, que eu só conhecia vivos e que toda a vida só com vida os tinha visto a viver. os que aprendi a ver a falar e que a falar me ensinaram como viver. a morte é um ponto final nisto de estar vivo. mas agora percebo que estar vivo não basta para se estar a viver. aprendi isso com aqueles que vi sempre vivos e a viverem e que este ano morreram. e continuam vivos. é que a morte também não basta para se deixar de viver...

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