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13-06-2010

eu poesia não procuro

A não ser um pouco de poesia nos gestos de alguem. Ou um pouco de um verso nos lábios molhados e uma boca a declamar as palavras de um texto. Poético. Não procuro palavras num corpo deitado na cama a meu lado. Poeticamente deitado. Eu procuro uns cabelos e uns olhos e mãos já tocados. Pela coisa a que chamamos, poeticamente, Amor. Procuro antes um corpo que queira, poeticamente, outro corpo. E uma mão que, poeticamente falando, me queira agarrar nas palavras todas da sala e que silenciosamente façamos barulho acordados. Poeticamente até de manhã!

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