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15-03-2010

sexto andar

Corpo cansado
e mente dorida
alma presente
a meu lado
na morte e em vida
encontrei-te de frente
és gente

sei que este céu
é tão negro
quisesse eu encontrar
outra cor
como a tua

se possível, que nua
teu corpo
e os teus olhos
continuam-me a matar

rasga o teu sangue
encontrado no chão
diz-me verdades,
que eu sinta, de facto
da forma que vier
e que der
para sentir

enruga-me a pele
de tanto me agarrares
e agarra-te bem a mim

para quando saltarmos
do sexto andar das coisas
que somos
e eu queria que fossemos
muito mais coisas
seremos.

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