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30-04-2009

muito tempo

Na tua mão escreveria decerto uma longa e constante enseada,
tal como os anos que passaram.
Numa cordilheira qualquer enrolava-te o cabelo e fecharia a janela.
Deixaria porém, o estore aberto para que o sol continuasse a entrar.
Cada vez mais. Excepto de noite.
Onde vai já o quarto com cheiro a molhado? E húmido.
Dormiste vestida.
São anos. São muitos.
.
Continuo a querer-te.

sim, és...

Tu és bonita e tu sabes
Tanto sabes que o és
Que te passeias em bicos de pés
Todos os dias nas horas da tarde

Já quando o fogo te arde
É se a luz dos olhos dos homens
Te encandeiam de frente
E se as janelas se abrem
Quando passas na rua
E se tu passas e olham,
Tu olhas ausente.

Mas ciente da beleza que és.

E se na volta me passas de novo à frente da vista,
Eu não sei já dizer com clareza as coisas todas
Que fazem de ti a mais bela, tão grande é a lista.