20-01-2010
nú
hoje apetecia-me pôr-te em palavras
falta de originalidade talvez.
e estar naquilo que vês. e não vês.
pousar na tua janela e ficar,
todo empoleirado
e dormir ao teu lado.
acordar.
despir a roupa toda que trago
e escrever um só verso
como este. e o outro que vem.
se eu não fosse tão vago.
e tocar-te também.
percorrer um caminho
uma estrada.
uma serra só nossa coberta
cobertor feito de azul
uma pena da tua almofada
um lençol
ser a roupa estendida na chuva
e uma noite comprida de sol.
deparei-me, hoje sim.
com um sinal vermelho ao fundo da rua
sou um canteiro no cruzamento com a tua
a brotar uma flor e um som que é de Fim.
encontrei-a no cruzamento das linhas
e uma linha bastava.
escreveria acerca da idade.
e hoje apetecias-me.
que falta de originalidade.
04:43 | Permalink | Comentários (0)
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