29-11-2009
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quanta crueldade se encontra nas palavras que não dizemos e dizemos mais tarde quando o tempo devia calar o que nos vai na mente, no coração que é já calmo e nas ondas do mar. quantos gestos desfeitos e palavras escritas, mortalhas, papéis enrolados que eu não guardo para sempre, que me enrolam as voltas que a cabeça me dá. quantos dias nos faltam para sermos de novo os dois corpos escritos e feitos para sempre? quanta gente me falta que me encha a mente de ideias diferentes das tuas e que eu veja na rua outra luz que não tu? quantos olhos os olhos que vejo me farão ver mais de perto a certeza que tu ainda és para mim? quantas mais vezes terei eu de calar o que me vai aqui dentro para que a crueldade do teu silêncio me faça calar para sempre também?
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