07-11-2009
três
trago um papel embrulhado no bolso para te dar há três meses. queimo-o amanhã. abro a janela. e fecho a porta. não necessáriamente por esta ordem. a ordem das coisas está trocada. a viagem que faço de carro deixa-me melancólico. mas a estrada é bonita e lembra-me que não te disse o que te queria dizer. sinto a chuva que cai nos vidros como feridas no corpo. a verdade é que me deixam mais calmo estas feridas no corpo. não sinto que sinta tristeza. é só um vazio qualquer que não se explica por palavras escritas. não explico assim o que sinto. há um bocadinho de ti em tudo o que faço. e sinto-o. embrulho outra vez o papel e guardo-o no bolso durante mais três meses.
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