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31-01-2009

rua habitada

Tropecei numa ou duas pedras na estrada
Resvalei depois naquele muro pintado
As janelas da casa ao lado davam para a rua,
Essa rua era habitada

Mas tu, nua, caminhavas em frente
Ainda assim, eu contente – e vestido
Voltava a tropeçar – e a cair

E ao fim da tarde, já tarde, depois de o sol abalar,
Eu voltava a subir

E na noite em que foste muito mais que uma noite,
Quiseste também ser até hoje a rua habitada
E o muro pintado e a casa e as janelas da casa
E também uma ou duas pedras no chão.

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