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24-11-2008

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Viam-se bandeiras pregadas às hastes e o vento a bater-lhes de frente. O dia era feio mas cinzento, chuvoso e bonito de frio e de luz. Quase não se dava pelo zumbido de alguém lá atrás que chorava. Ouviam-se orquestras inteiras e o silêncio depois. Eu senti uma voz a claudicar no piano com um dedo, numa frequência irritante e constante, que dizia que a partir de agora e para sempre tocaria com o dedo naquele piano… todos os dias, de hora em hora, para sempre! Jamais te irias livrar daquele afeiçoamento. E com as horas chegava o som dos teus olhos a olhar para os meus. Tu e eu e a gente a passar em debandada juntamente com o tempo. E o tempo a ficar para sempre parado em instantes tão longos que eu juro ter visto o meu fim…

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