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18-06-2006

eme ái?

Uma música doce irrompeu sobre o quarto. Um último truque voltou a soar por entre as linhas que rapidamente se escreveram sem que eu pensasse muito acerca disso. Naquela hora a linha entre o que escrevia e o que queria dizer era muito ténue... E o ténue que sou é o ténue que escrevo e o ténue que escreve é o ténue que sou.
Sou-o enquanto uma brisa me aquece a orelha de súbito e eu sinto que é bom. Sou-o enquanto as palavras se criam nos calos dos dedos e entre pontos finais e em reticencias se findam. Sou-o enquanto esta luz vai falhando amiúde e me chateia sem querer. E eu sem crer muito nas coisas vou querendo que creio. E as horas só passam. Enquanto o que quisermos até quando seremos...

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